quinta-feira, 7 de junho de 2018

O COELHINHO BRANCO - TRABALHOS


O COELHINHO BRANCO

Era uma vez um coelhinho branco que saiu de sua casa
para ir à horta buscar couves para fazer o seu caldinho.

Quando o Coelhinho Branco voltou para casa, deu com a porta fechada. Muito admirado, bateu à porta.
- Quem é? - perguntou, de dentro, uma voz de meter medo.
- Sou eu, o Coelhinho Branco que foi à horta buscar couves para fazer um caldinho.




- E eu sou a cabra cabrez que te salta em cima e te faz em três.






O coelhinho muito triste abalou dali e pelo caminho encontrou um boi.

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o boi.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo boi. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és tão grande, ajuda-me!

- Ui, embora grande, não vou lá que tenho medo. Sou boi, mas não sou nenhum herói!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. Muito assustado e sem saber o que fazer, lembrou-se de ir pedir ajuda a um amigo, maior e mais forte. E um pouco mais à frente encontrou um cavalo.

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o cavalo.
Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo cavalo. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és tão rápido, ajuda-me!


- Ui, embora rápido, não vou lá que tenho medo. Sou cavalo, mas não quero levar um estalo!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou um urso.

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o urso.
Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo urso. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és tão corajoso, ajuda-me!

- Ui, embora corajoso, não vou lá que tenho medo. 
Sou urso, mas quero acabar o meu curso!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou um camelo.

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o camelo

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo camelo. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és tão resistente, ajuda-me!

- Ui, embora resistente, não vou lá que tenho medo. Sou camelo, mas não quero ficar sem pelo!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou um elefante!

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o elefante.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo elefante. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que dás boa sorte, ajuda-me!

- Ui, embora dê boa sorte, não vou lá que tenho medo. Sou elefante, mas não quero encontrar esse arrogante!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou um leão!

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o leão.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo leão. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és o rei, ajuda-me!

- Ui, embora seja o rei, não vou lá que tenho medo. Sou leão, mas no boxe não fui campeão!

Que triste ficou o Coelhinho Branco. Nem os seus amigos mais fortes, valentes e corajosos o podiam ajudar.
Continuou o seu caminho, com uma lágrima a deslizar pelo canto do olho. Foi então, que apareceu a Amiga Baleia. Que grande sorriso! Ela sim, não lhe ia dizer que não.

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou a baleia.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amiga baleia. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que forte e boa, ajuda-me!

- Ui, embora forte e boa, não vou lá que tenho medo. Sou baleia, e não quero ser sereia!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou um polvo!

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o povo.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo polvo. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és tão musculoso, ajuda-me!

- Ui, embora musculoso, não vou lá que tenho medo. Sou polvo, mas quero ver se desenvolvo!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou um cão!

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o cão.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo cão. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és tão resmungão, ajuda-me!

- Ui, embora seja resmungão, não vou lá que tenho medo. Sou cão, mas não quero levar um beliscão!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou uma gata!

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou a gata.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amiga gata. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és tão perspicaz, ajuda-me!

- Ui, embora seja perspicaz, não vou lá que tenho medo. Sou gata, mas não quero ficar sem uma pata!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou um galo!

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o galo.
Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo galo. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és madrugador, ajuda-me!

- Ui, embora madrugador, não vou lá que tenho medo. Sou galo, mas não quero sofrer um abalo!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou uma ovelha!

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou a ovelha.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amiga ovelha. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és obediente, ajuda-me!

- Ui, embora obediente, não vou lá que tenho medo. Sou ovelha, e não quero ficar com a cara vermelha!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou um sapo!

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou o sapo.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amigo sapo. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és saltitante, ajuda-me!

- Ui, embora saltitante, não vou lá que tenho medo. Sou sapo, e não quero ficar num farrapo!

O coelhinho ainda mais triste abalou dali. E um pouco mais à frente encontrou uma tartaruga.

- Por que vais assim a correr, Coelhinho Branco? - perguntou a tartaruga.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amiga tartaruga. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. Por favor, tu que és dura, ajuda-me!

- Ui, embora seja dura, não vou lá que tenho medo. Sou tartaruga, e vou já pôr-me em fuga!

O Coelhinho Branco já quase desesperado, pois os seus maiores amigos não o podiam ajudar, sentou-se a chorar!

- Que se passa Coelhinho Branco, porque choras? - perguntou uma pequena formiga que por ali passava.

Respondeu-lhe o Coelhinho Branco:

- Estou numa grande aflição, amiga formiga. Eu tinha ido à horta buscar couves para fazer o meu caldinho e, quando voltei para casa, encontrei lá a cabraz cabrez que disse que me salta em cima e me faz em três. E ninguém lá quer ir porque têm medo.


- Mas vou eu e veremos como isso há-de ser. - disse a formiga toda decidida

O Coelhinho Branco ficou surpreendido. mas aceitou a ajuda da Formiga. Foram os dois e bateram à porta. Respondeu-lhes, lá de dentro, a cabra cabrez, numa voz de meter medo:

- Aqui ninguém entra. Está cá a cabra cabrez que vos salta em cima e vos faz em três.

- E aqui vai a Formiga Rabiga que te salta em cima e te fura a barriga. - retorquiu a formiga.

Dito isto, a formiga entrou pelo buraco da fechadura e pôs-se a picar a cabra cabrez. Tanta, tanta picada ela levou que teve que fugir cá para fora. Então, todos os seus amigos, vendo, aquele pequeno ser, a derrotar a cabra cabrez, ganharam coragem e correram atrás dela, às marradas, às dentadas, às bicadas, ... Até o coelhinho lhe deu um pontapé.

E assim, para festejar ter recuperado a sua casa e ter dado uma lição à cabra cabrez e aos seus amigos que não o ajudaram, o Coelhinho Branco fez finalmente o seu caldinho e convidou toda a bicharada para jantar.

Vitória, vitória, a cabra cabrez já se foi embora.

1º ano SC1 - CESC

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