ESCRITAS POR JOVENS AUTORES
FAMÍLIA
A Ajudaris é uma associação particular de carácter social e humanitário de âmbito nacional, sem fins lucrativos. Sem ajudas estatais desenvolve vários projetos de intervenção social com vista ao combate da fome, pobreza e exclusão social, através da educação e da capacitação.
O projecto “Histórias da Ajudaris”, criado em 2009, é um dos projetos mais inovadores e emblemáticos da Ajudaris, promovendo a leitura, a escrita, a arte e a solidariedade. As crianças participantes, com a orientação de professores, tornam-se verdadeiros autores de histórias de encantar, sobre temas como a solidariedade, os afetos, a cidadania, o ambiente, os valores, entre outros. Cada história conta com um ilustrador solidário que colhe inspiração na história que lhe for atribuída, dando cor e vida às suas personagens e cenários. Os artigos postos à venda irão contribuir para sorrisos de crianças, jovens e adultos carenciados.
E assim os nossos alunos foram autores.
Submeteram vários textos para seleção e publicação na obra, e dois deles foram escolhidos.
Aqui ficam todos os textos.
Se quiserem colaborar podem comprar a obra na nossa Biblioteca Escolar.
ABC
DA FAMÍLIA (publicado)
A
de AMOR maior e incondicional,
B
de BONDADE infinita e constante,
C
de CARINHO enorme e desmedido,
D
de DIVERSÃO todos os dias,
E
de EMOÇÕES fortes e profundas,
F
de FELICIDADE sem medida,
G
de GARGALHADAS partilhadas,
H
de HERÓIS da nossa vida,
I
de IDADES variadas,
J
de JUNTOS e felizes,
L
de LOUCOS uns pelos outros,
M
de MÃE amiga e companheira,
N
de NAVEGAR pelos mares da vida,
O
de OUVIR desabafos e,
P
de PAI protetor e defensor,
Q
de QUERIDOS e desejados,
R
de REALIDADES vividas e sofridas,
S
de SONHAR com um futuro seguro,
T
de TAREFAS distribuídas,
U
de UNIÃO para toda a vida,
V
de VERDADES contadas e contidas,
X
de XI-CORAÇÃO bem apertadinho,
Z
de ZANGADOS passageiros e arrependidos.
CESC,
SC2
A
ovelha Fofinha e o Cordeirinho Chiquinho (publicado)
Num
campo, junto ao CESC, vivia uma ovelha com o pelo branquinho chamada
Fofinha. Ela vivia muito triste porque morava sozinha.
Para
alegrar os seus dias, os meninos da escola iam visitá-la. Eles
brincavam, conversavam e cantavam-lhe lindas canções.
Um
certo dia, os meninos repararam que já não estava sozinha...
Estava
acompanhada de um pequeno cordeirinho que batizaram de Chiquinho.
Entretanto,
numa das visitas, os meninos repararam que algo não estava bem e
perguntaram:
o
Chiquinho, onde está o Chiquinho? - perguntaram os meninos.
O
Chiquinho - entre soluços – o Chiquinho foi-se embora –
respondeu a ovelha Fofinha.
Mas
embora...para onde? - perguntou o Gonçalo.
Como
marravamos por tudo e por nada, ele decidiu ir embora sem se
despedir. - disse o Ovelha.
Dizendo
isto, o Ovelha deu meia volta e desapareceu no campo.
Longos
dias se passaram e nem sinal do Chiquinho.
A
ovelha Fofinha estava, dia para dia, cada vez mais triste, ela não
conseguia esquecer o seu filhote. Foi então que os meninos decidiram
por-se a caminho e procurar o Chiquinho.
Procuraram,
procuraram até que encontraram o Chiquinho perdido no meio de um
arvoredo.
Estás
bem Chiquinho? - perguntou a Conceição.
Que
fazes por aqui? - perguntou a Luana.
Eu
queria conhecer o mundo e fugi da minha mãe mas senti tantas
saudades que quis voltar. Só que pelo caminho magoei-me numa
patinha e não consegui regressar.
Tive
uma ideia! - exclamou o Gonçalo. Nós levamos-te ao colo para
junto da tua mãe. Ela está cheia de saudades tuas.
Assim
que regressaram ao campo, a ovelha Fofinha deu pulos de alegria e o
Chiquinho chorou agarrado à sua mãe.
E viveram felizes para sempre...
Sala nº 1 – Jardim de Infância, Centro Escolar de S. Cipriano
A
CLARINHA
A
Clarinha andava com as irmãs e amigos a brincar às apanhadas,
felizes e contentes. De repente, o Solinho apareceu e o Ventinho
espirrou. Foi tão grande o espirro que empurrou a Clarinha para bem
longe dalí. Andou, andou e percebeu que estava perdida. Olhou para
baixo e viu no meio de uma floresta uma familía de anões. Resolveu
descer e pedir ajuda.
Os
anõezinhos até deram um salto, tal foi o susto que apanharam. Mais
calmos, o anão chefe perguntou:
Sim,
por favor, perdi-me da minha família e já tenho saudades dela.
Snif! Snif!
Acredito
que sim, mas já está a ficar noite, seria muito perigoso irmos
agora à procura dela. O melhor é ficares em nossa casa.
A
Clarinha ocupou todo o quarto das crianças anões, e elas tiveram
que dormir em cima dela. Que noite tão tranquila tiveram, naquela
cama tão fofinha. O dia nasceu um pouco escuro. Mas cheias de
energia, as crianças correram para a rua, arrastando a Clarinha,
para brincarem às escondidas. Primeiro contou a nossa amiguinha.
Um,
dois, três, quatro.... noventa e nove, cem. Prontos ou não aqui
vou eu!
A
Clarinha procurou, procurou, mas os seus novos amigos eram tão
pequeninos que não os conseguia encontrar. Ouviu um barulho estranho
atrás de um grande castanheiro, aproximou-se, e apareceu um lobo
mau, muito esfomeado e feroz.
E
a Clarinha com o medo, correu, correu, correu tanto, que até
levantou voo, e sem olhar para trás fugiu a sete pés.
Curioso
ou não, nesse preciso momento, apareceu o Solinho e as suas irmãs à
sua procura.
Quem
ficou a olhar para o céu foram os seus amigos anões, que mais uma
vez ficaram sozinhos!
Sala
nº 1 – Jardim de Infância, Centro Escolar de S. Cipriano
A
família musical
Na
aldeia de S. Cipriano
há
muita alegria
É
a “Aldeia da Música”
com
famílias em folia.
A
avó Graciete
Gosta
de ouvir na cassete
o
neto da Georgete
a
tocar trompete.
O
primo João
que
é brincalhão
gosta
de tocar acordeão
acompanhado
pelo violão do Sebastião.
Na
mão vai o saxofone
da
prima Ivone.
Ela
leva o xilofone
e
ouve o trombone.
A
irmã Maria
Adora
tocar bateria.
E
até entrou na banda
que
tanto queria.
O
avô Feliciano
aprendeu
a tocar piano.
Para
avivar o lume
pega
no abano.
O
pai José e o sogro Tomé,
à
noite, ouvem o oboé.
Ao
longe, veem o chimpanzé
a
lavar o chulé do filho André.
O
bandolim tocado pelo Joaquim
que
é sobrinho do Serafim
faz
um grande chinfrim
com
o flautim do Franquelim.
O
tio Bernardino
vai
feliz na banda a tocar.
Sopra
no bombardino
mas
prefere as cordas do violino.
O
cunhado Toninho
vai
no íngreme caminho
com
a sua bela esposa
a
tocar cavaquinho.
Lá
está a família Bravo
Que
toca bem cravo
Empenha-se
no toque
sem
ganhar um chavo.
A
mãe Isabel
gosta
de um belo papel.
Ouve
a flauta de bisel
da
cor do mel.
A
dona Levina,
no
rancho, toca concertina.
A
sua cunhada Albertina
foi
viver para a China.
Em
todas as famílias
há
um músico a tocar.
Sons
muito agradáveis
prontos
a partilhar.
As
famílias unidas
com
gestos solidários
Fazem
todos felizes
com
sorrisos vários.
Nesta
aldeia especial
há
bandas, ranchos e grupos musicais.
Alegram
por onde passam
enriquecendo
os casais e os demais.
Todos
se devem amar
e
não custa nada ajudar.
Com
um coração de ouro
este
tesouro partilhar.
CESC
- SC1
INVERNO
É FAMÍLIA
Inverno
é família.
Família
em união de esforços a apanhar lenha.
Família
a partilhar o guarda-chuva e a chapinar nas poças de água.
Família
reunida à volta da lareira a cantar canções.
Família
às voltas nos centros comerciais com os seus sacos de compras.
Família
a partilhar tarefas na cozinha.
Família
sentada à mesa a provar os petiscos da avó.
Família
por debaixo da árvore de natal a abrir presentes e a contar
histórias.
Família
a brincar com os novos brinquedos.
Família
sentada no sofá a ver filmes de animação.
Família
no meio da neve a fazer bonecos e outras brincadeiras.
Família
a distribuir amor, sorrisos e abraços!
CESC
- SC3