terça-feira, 14 de novembro de 2017

AJUDARIS - HISTÓRIAS DE ENCANTAR

ESCRITAS POR JOVENS AUTORES

FAMÍLIA

A Ajudaris é uma associação particular de carácter social e humanitário de âmbito nacional, sem fins lucrativos. Sem ajudas estatais desenvolve vários projetos de intervenção social com vista ao combate da fome, pobreza e exclusão social, através da educação e da capacitação.


O projecto “Histórias da Ajudaris”, criado em 2009, é um dos projetos mais inovadores e emblemáticos da Ajudaris, promovendo a leitura, a escrita, a arte e a solidariedade. As crianças participantes, com a orientação de professores, tornam-se verdadeiros autores de histórias de encantar, sobre temas como a solidariedade, os afetos, a cidadania, o ambiente, os valores, entre outros. Cada história conta com um ilustrador solidário que colhe inspiração na história que lhe for atribuída, dando cor e vida às suas personagens e cenários. Os artigos postos à venda irão contribuir para sorrisos de crianças, jovens e adultos carenciados.

E assim os nossos alunos foram autores. 
Submeteram vários textos para seleção e publicação na obra, e dois deles foram escolhidos.
Aqui ficam todos os textos.
Se quiserem colaborar podem comprar a obra na nossa Biblioteca Escolar.


ABC DA FAMÍLIA (publicado)



A de AMOR maior e incondicional,
B de BONDADE infinita e constante,
C de CARINHO enorme e desmedido,
D de DIVERSÃO todos os dias,
E de EMOÇÕES fortes e profundas,
F de FELICIDADE sem medida,
G de GARGALHADAS partilhadas,
H de HERÓIS da nossa vida,
I de IDADES variadas,
J de JUNTOS e felizes,
L de LOUCOS uns pelos outros,
M de MÃE amiga e companheira,
N de NAVEGAR pelos mares da vida,
O de OUVIR desabafos e,
P de PAI protetor e defensor,
Q de QUERIDOS e desejados,
R de REALIDADES vividas e sofridas,
S de SONHAR com um futuro seguro,
T de TAREFAS distribuídas,
U de UNIÃO para toda a vida,
V de VERDADES contadas e contidas,
X de XI-CORAÇÃO bem apertadinho,
Z de ZANGADOS passageiros e arrependidos.


CESC, SC2





A ovelha Fofinha e o Cordeirinho Chiquinho (publicado)


Num campo, junto ao CESC, vivia uma ovelha com o pelo branquinho chamada Fofinha. Ela vivia muito triste porque morava sozinha.
Para alegrar os seus dias, os meninos da escola iam visitá-la. Eles brincavam, conversavam e cantavam-lhe lindas canções.
Um certo dia, os meninos repararam que já não estava sozinha...
Estava acompanhada de um pequeno cordeirinho que batizaram de Chiquinho.
Entretanto, numa das visitas, os meninos repararam que algo não estava bem e perguntaram:
  • o Chiquinho, onde está o Chiquinho? - perguntaram os meninos.
  • O Chiquinho - entre soluços – o Chiquinho foi-se embora – respondeu a ovelha Fofinha.
  • Mas embora...para onde? - perguntou o Gonçalo.
  • Como marravamos por tudo e por nada, ele decidiu ir embora sem se despedir. - disse o Ovelha.
Dizendo isto, o Ovelha deu meia volta e desapareceu no campo.
Longos dias se passaram e nem sinal do Chiquinho.
A ovelha Fofinha estava, dia para dia, cada vez mais triste, ela não conseguia esquecer o seu filhote. Foi então que os meninos decidiram por-se a caminho e procurar o Chiquinho.
Procuraram, procuraram até que encontraram o Chiquinho perdido no meio de um arvoredo.
  • Estás bem Chiquinho? - perguntou a Conceição.
  • Que fazes por aqui? - perguntou a Luana.
  • Eu queria conhecer o mundo e fugi da minha mãe mas senti tantas saudades que quis voltar. Só que pelo caminho magoei-me numa patinha e não consegui regressar.
  • Tive uma ideia! - exclamou o Gonçalo. Nós levamos-te ao colo para junto da tua mãe. Ela está cheia de saudades tuas.
Assim que regressaram ao campo, a ovelha Fofinha deu pulos de alegria e o Chiquinho chorou agarrado à sua mãe.
E viveram felizes para sempre...


Sala nº 1 – Jardim de Infância, Centro Escolar de S. Cipriano



A CLARINHA

A Clarinha andava com as irmãs e amigos a brincar às apanhadas, felizes e contentes. De repente, o Solinho apareceu e o Ventinho espirrou. Foi tão grande o espirro que empurrou a Clarinha para bem longe dalí. Andou, andou e percebeu que estava perdida. Olhou para baixo e viu no meio de uma floresta uma familía de anões. Resolveu descer e pedir ajuda.
  • Olá! Podem ajudar-me?
Os anõezinhos até deram um salto, tal foi o susto que apanharam. Mais calmos, o anão chefe perguntou:
  • Queres ajuda?
  • Sim, por favor, perdi-me da minha família e já tenho saudades dela. Snif! Snif!
  • Acredito que sim, mas já está a ficar noite, seria muito perigoso irmos agora à procura dela. O melhor é ficares em nossa casa.
A Clarinha ocupou todo o quarto das crianças anões, e elas tiveram que dormir em cima dela. Que noite tão tranquila tiveram, naquela cama tão fofinha. O dia nasceu um pouco escuro. Mas cheias de energia, as crianças correram para a rua, arrastando a Clarinha, para brincarem às escondidas. Primeiro contou a nossa amiguinha.
  • Um, dois, três, quatro.... noventa e nove, cem. Prontos ou não aqui vou eu!
A Clarinha procurou, procurou, mas os seus novos amigos eram tão pequeninos que não os conseguia encontrar. Ouviu um barulho estranho atrás de um grande castanheiro, aproximou-se, e apareceu um lobo mau, muito esfomeado e feroz.
  • Aiiiii um lobooooo! - gritou a Clarinha.
  • Vou-te comer! - disse o lobo
E a Clarinha com o medo, correu, correu, correu tanto, que até levantou voo, e sem olhar para trás fugiu a sete pés.
Curioso ou não, nesse preciso momento, apareceu o Solinho e as suas irmãs à sua procura.
Quem ficou a olhar para o céu foram os seus amigos anões, que mais uma vez ficaram sozinhos!

Sala nº 1 – Jardim de Infância, Centro Escolar de S. Cipriano




A família musical

Na aldeia de S. Cipriano
há muita alegria
É a “Aldeia da Música”
com famílias em folia.

A avó Graciete
Gosta de ouvir na cassete
o neto da Georgete
a tocar trompete.

O primo João
que é brincalhão
gosta de tocar acordeão
acompanhado pelo violão do Sebastião.

Na mão vai o saxofone
da prima Ivone.
Ela leva o xilofone
e ouve o trombone.

A irmã Maria
Adora tocar bateria.
E até entrou na banda
que tanto queria.

O avô Feliciano
aprendeu a tocar piano.
Para avivar o lume
pega no abano.

O pai José e o sogro Tomé,
à noite, ouvem o oboé.
Ao longe, veem o chimpanzé
a lavar o chulé do filho André.

O bandolim tocado pelo Joaquim
que é sobrinho do Serafim
faz um grande chinfrim
com o flautim do Franquelim.

O tio Bernardino
vai feliz na banda a tocar.
Sopra no bombardino
mas prefere as cordas do violino.

O cunhado Toninho
vai no íngreme caminho
com a sua bela esposa
a tocar cavaquinho.

Lá está a família Bravo
Que toca bem cravo
Empenha-se no toque
sem ganhar um chavo.

A mãe Isabel
gosta de um belo papel.
Ouve a flauta de bisel
da cor do mel.

A dona Levina,
no rancho, toca concertina.
A sua cunhada Albertina
foi viver para a China.

Em todas as famílias
há um músico a tocar.
Sons muito agradáveis
prontos a partilhar.

As famílias unidas
com gestos solidários
Fazem todos felizes
com sorrisos vários.

Nesta aldeia especial
há bandas, ranchos e grupos musicais.
Alegram por onde passam
enriquecendo os casais e os demais.

Todos se devem amar
e não custa nada ajudar.
Com um coração de ouro
este tesouro partilhar.

CESC - SC1




INVERNO É FAMÍLIA


Inverno é família.
Família em união de esforços a apanhar lenha.
Família a partilhar o guarda-chuva e a chapinar nas poças de água.
Família reunida à volta da lareira a cantar canções.
Família às voltas nos centros comerciais com os seus sacos de compras.
Família a partilhar tarefas na cozinha.
Família sentada à mesa a provar os petiscos da avó.
Família por debaixo da árvore de natal a abrir presentes e a contar histórias.
Família a brincar com os novos brinquedos.
Família sentada no sofá a ver filmes de animação.
Família no meio da neve a fazer bonecos e outras brincadeiras.
Família a distribuir amor, sorrisos e abraços!


CESC - SC3




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