segunda-feira, 11 de junho de 2018

CONCURSO UMA AVENTURA

Recebemos um livro da coleção "Uma Aventura", que por acaso até tem duas histórias, pela nossa participação no concurso deste ano letivo.


Aqui ficam os trabalhos enviados.

A JOANINHA VAIDOSA, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada


Era uma vez uma joaninha muito alegre e divertida que vivia num bosque. Todos os seus habitantes a admiravam e com ela brincavam. Era a personagem principal daquela terra.
Mas um dia apareceu por lá uma borboleta com asas azuis, e todos ficaram maravilhados. Ficaram espantados pela sua beleza. A Borboleta riu-se feliz pela atenção, brincou com os animais e prometeu voltar.
Mas no dia seguinte, quando voltou, a borboleta trazia asas amarelas, não falou com ninguém e foi-se embora. Todos acharam que se achava muito importante por ser bela. Ao fim do dia voltou e já com outras assas, agora de várias cores.
O tema de conversa passou a ser borboleta, todos ficaram com a pulga atrás da orelha, pois as borboletas não mudam as asas. A situação deixou triste e ciumenta a joaninha, habituada a ser o centro das atenções e a mais bonita.
Todos queriam desvendar aquele mistério. O mocho, o mais sábio dos animais, aconselhou todos a terem calma e a esperar, pois o tempo tudo resolve.
Entretanto a joaninha, sentindo-se cada vez mais sozinha e abandonada resolveu, também ela, mudar de visual para chamar a atenção. Primeiro quis ser parecida a uma rã, usando folhas verdes, para poder nadar e mergulhar, mas quase ia morrendo afogada, se o cágado não a salvasse. Mas nem isso a fez desistir. Logo a seguir, resolveu vestir penas de pássaro para ficar mais bonita e poder voar. Grande trambolhão deu, mas nem assim os amigos lhe deram atenção, nesse preciso momento chegaram três borboletas: uma de asas azúis, outra de asas amarelas e outra de asas com todas as cores.
Os outros animais perceberam assim o mistério. Afinal eram três irmãs. Todas elas lindas.
Nesta altura a joaninha ficou ainda mais triste e decidiu fazer um novo vestido, agora com flores. O mocho percebeu que algo se passava com a joaninha, e foi falar com ela para saber o que tinha. A joaninha disse-lhe que queria ser bonita como as borboletas. O mocho respondeu-lhe que não devia olhar para os outros para imitar a sua beleza, mas olhar para si, e para realçar a sua belza, escolher coisas que lhe ficassem melhor.
A joaninha seguiu o conselho e passou a usar enfeites, sem imitar ninguém.
Todos podemos ser vaidosos e querer estar no nosso melhor.
Mas ter inveja da beleza dos outros, não é um bom caminho para sermos belos também por dentro.
Quando a joaninha percebeu que todos são bonitos, por serem diferentes, passou a ser grande amiga das borboletas.
2º ano, CESC
O 5 DE OUTUBRO E A 1ª REPÚBLICA

Contextualização

Em finais do século XIX, vivia-se em Portugal um forte descontentamento pelo estado em que se encontrava o país, sobretudo pelos dirigentes do Partido Republicano. Havia falências, aumentava o desemprego, multiplicavam-se as greves. Os governos sucessivos, indicados pelo rei, não conseguiam resolver os problemas, e a maneira como rei D. Carlos conduzia a política e as enormes despesas da família real com viagens levavam a que o rei tivesse uma imagem negativa perante o país.

Assim, muitos eram aqueles que se impunham à monarquia e exigiam uma mudança de regime.

No início do século XX, mais propriamente em Agosto de 1906, é eleito chefe do governo João Franco que governava com pulso de ferro.
O povo odiava-o. Até alguns monarquicos não o podiam ver. Os republicanos culpavam o rei, pois este não lhe retirava o poder.
O partido republicano queria abolir a monarquia, mas não queria fazer mal ao rei, isto porque D. Carlos tinha muitos amigos na europa, pois passava a vida a viajar, e no futuro queriam poder contar com alianças com países estrangeiros.
Nesta altura cresce a revolta e começa-se a organizar a revolução.
Mas alguém deu com a língua nos dentes e o governo descobre os planos dos revolucionários e manda prender alguns deles. O restantes avançam na mesma, mas tudo corre mal e muitos dirigentes são presos, segundo as ordens de João Franco.
Não contente com isso, o chefe do governo levou, ainda, o rei a assinar um decreto que impunha o degredo (exilio) para Àfrica ou Timor, de todos aqueles que conspiraram ou viessem a conspirar contra o governo e o rei.
Reza a história que no momento da assinatura o rei terá dito: "Acabei de assinar a minha sentença de morte."

O Regicídio

Parecia adivinho. Temendo as reações dos populares, mas disposto a ocupar o seu lugar e a enfrentar as dificuldades, estando ausente no Alentejo, com o seu filho mais velho e a rainha, numa escapadinha para caçar, decide regressar a Lisboa., temendo as reações dos poulares, mas disposto a ocupar o seu lugar e a enfrentar as dificuldades. Até porque recebeu uma carta de João Franco garantindo que o ambiente na capital estava calmo.
Ao desembarcar do comboio no Terreiro do Paço, no dia 1 de Fevereiro de 1908, percebe que o ambiente está tudo menos calmo e assusta-se quando o chefe da polícia de serviço lhe responde: "Meu senhor, isto vai muito mal..."
Depois de conversar com João Franco, abraçou D. Manuel e subiu para a carruagem que o levaria a casa, o Palácio das Necessidades.
Estava uma multidão na rua e no ar sentia-se o medo, a raiva, a ansiedade e a excitação.
Pouco tempo depois surge no meio do povo um homem barbudo, de gabardina vestida, de onde tirou uma carabina e disparou sobre a comitiva do rei. Do outro lado da rua surge outro homem, também ele armado, que saltou para a carruagem e disparou até à ultima bala, nas costas do rei D. Carlos. O princípe Luís Filipe ainda se defendeu a tiro mas também ele foi abatido. A rainha descontrolada gritava: Infames, Infames!
Por fim a polícia disparou sobre os agressores e depois sobre as pessoas que assistiam. Gerou-se uma grande confusão, com pessoas a gritar e a fugir.. E o grito que mais se ouvia na cidade era: Mataram o Rei! Mataram o Rei!

O último rei de Portugal

Logo no dia seguinte ao regícídio D. Manuel reuniu o Conselho de Estado, composto pelos chefes dos principais partidos políticos, a rainha D. Amélia e outras figuras importantes do país, e D. Manuel II, o filho mais novo de D. Carlos com 18 anos, em vez de ir para a Escola Naval, assume o trono. Também não o seria por muito tempo.
Depois a primeira decisão que tomaram foi afastar João Franco do governo, porque o consideravam culpado por não ter garantido a segurança do rei. E nomearam o almirante Ferreira do Amaral, que não estava identificado com nenhum partido.
Definiram ainda as regras destinadas a acalmar o país, a que deram o nome de "política de acalmação".
Envolveram no governo pessoas de vários partidos e libertaram os presos republicanos a fim de acalmarem os ânimos.
De início funcionou, porque toda a gente ficou impressionada com a morte brutal do rei e do principe. E até o Partido Republicano afirmou que nada tinha a ver com o regicídio, apesar de querem depor a monarquia. O que era verdade, pois os assassinos pertenciam aos Carbonários.

A simpatia pela República aumenta

Durante o reinado de D. Manuel II, os problemas do país não se resolviam, pois continuava a haver instabilidade política, corrupção, falta de dinheiro, desemprego e descontentamento, pelo que a monarquia volta a perder apoio, e a simpatia pela República aumenta.
E é nesta altura que os republicanos conseguem fazer acreditar que o mal do país estava na Monarquia, e que só a República o podia salvar.
No ano em que acontece o Regicídio, há também eleições legislativas, e o Partido Republicano sobe o número de deputados para sete. E nas eleições autárquicas ganha facilmente a Câmara Municipal de Lisboa entre outras autarquias na província.
Os republicanos consideram que estão no bom caminho para depor a monarquia.
Mas os Carbonários acham que só com a revolução consegueriam derrubá-la.
E realmente a Carbonária veio a ter um grande papel na revolução de 1910, pois entretanto, o seu chefe, consegue ligações com o Partido Republicano, e consegue mesmo trazer para o seu grupo dois dirigentes.
E nesse sentido, esta sociedade secreta, adota uma estratégia de minar a população e cativar mais aderentes, encarregando cada elemento de arranjar um "primo", no Exércíto ou na Marinha, cria um serviço de contra-espionagem, para evitar fugas de informação, e cria um fundo de auxílio destinado a sustentar as famílias daqueles que fossem presos.
A par disto tudo íam comprando armas, fabricando bombas e fazendo contactos com outros grupos que também queriam a revolução, tal como a Maçonaria e os anarquistas.

A monarquia em Portugal tinha mais de setecentos anos de existência, seria que devido à crise em que se encontrava, estava à vista a sua extinção?

Páginas 57, 58, 62, 63 e 64

4º ano, CESC


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